Há quem diga que a maçonaria é discreta, mas não secreta. Ao longo da construção dessa organização, porém foi feito grande esforço para diferenciar a linguagem dos iniciados da usada pelas pessoas comuns – uma forma clássica de manter um círculo social fechado ou até mesmo clandestino. Veja abaixo a linguagem utilizada no interior da fraternidade.
- Acácia: árvore que simboliza a imortalidade.
- Acender dos fogos: cermônia de instalação de uma nova loja.
- Aclamação: fórmula proferida em uníssono pelos irmãos.
- Acolada: cerimônia e saudação usadas na admissão de um maçon ou na concessão de um novo grau.
- Acolhida: outro nome para a iniciação.
- Altar dos juramentos: plataforma sobre a qual são dispostas as “três grandes luzes”: a lei sagrada (em gral, a Bíblia, o esquadro e o compasso.
- Calendário Maçônico: calcula simbolicamente os anos passados desde a origem do mundo; basta adicionar 4 mil anos ao ano em curso.
- Canhão: copo. Em um banquete ritual, “carregam-se os canhões”, ou seja, servem-se as bebidas.
- Cadeia de União: os irmãos retiram as luvas e seguram as mãos uns dos outros para formar um círculo, símbolo de coesão da loja e da troca de energia.
- Cinzel: ferramenta em forma de lâmina que o aprendiz recebe para lapidar simbolicamente o próprio intelecto.
- Coluna de Harmonia: música de acompanhamento das cerimônias.
- Colunas: são duas, Boaz e Jachim. Tem uma simbologia rica – vida e morte, aprendizes e mestres, passivo e ativo.
- Convento: assembleia legislativa anual de maçons, representando o conjunto de lojas, para votar linhas diretoras do ano seguinte.
- Cordão: fita que envolve o dorso, indo de um ombro ao quadril oposto. Reservado ao grão-mestre.
- Filiação: admissão em uma loja de um irmão vindo de outra.
- Franco-Maçon: literalmente “pedreiro livre” em francês. Pode significar ainda “filho da luz”.
- Grão-Mestre: presidente do poder executivo da obediência.
- Grau: nível na hierarquia – os mais altos são os superiores ao terceiro grau.
- Idade Maçônica: idade simbólica atribuída aos maçons. Vai de três a 500 anos.
- Livro de Arquitetura: volume das atas das sessões.
- Loja: local ritualmente preparado para a reunião dos franco-maçons. Também chamda de oficina.
- Luvas: obrigatórias nos encontros. São brancas para indicar que quem as usa é inocente do assassinato de mestre Hiram, construtor do Templo de Salomão.
- Malho: martelo de madeira, símbolo da vontade e do comando do homem, capazes de transformar a matéria.
- Mestre: terceiro grau da franco-maçonaria.
- Obediência: conjunto de lojas que decidem se subordinar a um mesmo comando ou unidade admistrativa, como Grande Loja, Grande Oriente e Ordem.
- Quadrilongo: forma simbólica da loja maçônica, correspondendo a um retângulo formado por dois quadrados justapostos.
- Toque: sinal de reconhecimento. O mais famoso se faz no aperto de mão.
- Oriente: o Leste, fonte de luz e de vida. Para um maçon, passar ao Oriente significa morrer.
- Pedra: simboliza o ser humano. O aprendiz trabalha para esculpir a pedra bruta.
- Rito: organização dos graus e seus respectivos rituais; há várias centenas deles; os mais conhecidos são o “rito escocês antigo e aceito”, o “rito escocês retificado”, o “rito de York” e o “rito francês”.
- Sono: o adormecer de um irmão ou de uma loja significa que eles interrompem provisóriamente sua atividade.
- Templo: sinônimo de loja; referência ao simbolismo do Templo de Salomão.
- Tronco da viúva: tronco que circula ao fim dos trabalhos, no qual os irmãos depositam seu óbolo (contribuição).
- Venerável: presidente eleito da loja. Em princípio, não se pode ser venerável por mais de três anos seguidos.
fonte: revista História Viva. Ano VI. nº 71. texto. Philippe Benhamou.
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